terça-feira, 12 de maio de 2009

Em 56 anos o volume de água do rio São Francisco caiu 35%


O fluxo de água na bacia do rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e deságua no nordeste do Brasil, caiu 35% em 56 anos. Os dados são de uma pesquisa feita por cientistas norte americanos do National Center for Atmospheric Research (Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica) e se referem aos anos de 1948 a 2004. Segundo os pesquisadores, entre os principais rios que correm em território brasileiro, o rio São Francisco apresentou o maior declínio no fluxo de águas. Para os cientistas, essa diminuição no volume de água do São Francisco está ligada à queda nos níveis de chuvas e aumento da temperatura. O estudo também revelou que o fluxo de águas na bacia do rio Amazonas caiu 3,1% e bacias de outros rios brasileiros apresentaram uma elevação na vazão. O estudo será publicado no dia 15 de maio no Journal of Climate, uma revista científica sobre pesquisas climáticas da sociedade Meteorológica Americana, e também conta com os dados dos 925 maiores rios do planeta. (Fonte: Agência Folha)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Bispo quer pressão internacional e questão indígena para barrar transposição do São Francisco

Rodrigo Bertolotto
Do UOL Notícias
Em São Paulo
 
Depois de ficar meses em greve de fome em 2007 em protesto ao projeto governamental de transposição do rio São Francisco, dom Luiz Cappio agora quer usar a visibilidade do prêmio Kant - que vai receber em Friburgo (Alemanha) - para conseguir apoio internacional e, com ele, poder pressionar o Supremo Tribunal Federal para barrarem a intenção de construir um grande canal a partir do rio que atravessa o Nordeste.

"Vamos internacionalizar esse assunto e mostrar como ele, além de não beneficiar os povos tradicionais da região, como os índios e os quilombolas, só beneficia os grandes empreendimentos para a exportação", disse em entrevista ao UOL Notícias em São Paulo, antes de embarcar para a Alemanha, onde recebe o prêmio de "Cidadão do Mundo" por seu trabalho humanitário no sertão baiano.

Prestes a receber seu segundo prêmio internacional, o bispo, juntamente com lideranças indígenas, pretende pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar ações pendentes contra o projeto de transposição, principalmente a que trata das terras dos índios. Devem ser apresentados relatórios, feitas várias mobilizações e uma petição popular.

Dom Cappio lançou nesta quarta-feira a campanha "Povos Indígenas em Favor do Rio São Francisco e Contra a Transposição", em cerimônia que aconteceu no Convento São Francisco, centro da cidade.

Também faz parte das reivindicações a realização de audiências públicas democráticas, para garantir o direito de participação popular na formulação e implementação das políticas do governo federal na Bacia do São Francisco.

"A solução do governo é centralizadora, enquanto a população de 14 milhões de pessoas no interior nordestino é difusa. Elas carecem de projetos de pequeno porte para ter acesso à água", afirmou o bispo.

Segundo a campanha, nove nações indígenas serão afetadas pelas obras. "Esse prêmio que vou receber é pela luta desse povo brasileiro. Isso vai ajudar a tornar o governo mais temerário diante de nosso movimento, que vai ganhar um novo ânimo", disse dom Cappio.

Outro presente no ato foi Ruben Siqueira, do diretório baiano da Comissão Pastoral da Terra. "É mentira que a transposição resolve o problema da seca. Agora mesmo o Nordeste está inundado, e essa água vai embora. Essa transposição é uma obra interminável, afinal, ela vai parar com nossa pressão, mas o governo vai tentar recomeçá-la. E vai ser assim para sempre", disse Siqueira.

Pescador da Baia de Guanabara denuncia atentado a sua vida e a luta contra o projeto GLP da Petrobrás!

Caros amigos neste momento estou indo para um lugar seguro, com minha esposa e filho, longe de minha casa e trabalho, pois "hoje por volta das 00:30 hs., chegando da pesca fui recebido á "tiros" de "arma de fogo", feitos da direção do canteiro de obras do "Projeto GLP da Baía de Guanabara", onde verifiquei dois indivíduos correndo para minha direção, os disparos passaram próximo a mim alguns centímetros, sem contar as ameaças constantes por telefone. Justamente no mesmo período que vem acontecendo o "Protesto dos Pescadores em Praia de Mauá, em frente ao canteiro do Projeto GLP - PETROBRAS S.A. Estou no dia de hoje fazendo ocorrências policiais.
 
Farei contato futuro.
 
Obrigado.
 
Alexandre Anderson 
 Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara