quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MPF/MG pede fim da mineração de zinco em Vazante

21/11/2008 14h17

Pedido, feito em ação, se deve aos graves danos causados à saúde da população e ao meio ambiente.

O Ministério Público Federal em Uberlândia (MG) ajuizou ação civil pública pedindo a imediata paralisação das atividades de mineração realizadas pela empresa Cia. Mineira de Metais, no município de Vazante, região do Triângulo Mineiro.Segundo o MPF, a cidade de Vazante vive hoje "um inferno na terra. O rio que abastece o município está completamente poluído. A água não serve para beber e sequer pode ser usada para higiene pessoal. A população, destoando da média nacional, apresenta grande incidência de câncer de esôfago, intestino e do reto". A situação é tão grave que a fauna e a flora da região estão irremediavelmente contaminadas por partículas de zinco e chumbo, fator que tem causado a morte de centenas de animais.A ação, ajuizada contra a Cia. Mineira de Metais, que foi incorporada em 2005 pela Votorantim Metais, e contra seus proprietários, bem como contra a União, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o estado de Minas Gerais e o município de Vazante, pede a invalidação das licenças ambientais que autorizam a extração dos minérios de zinco e dolomita. A invalidação deverá atingir ainda a portaria do Ministério das Minas e Energia e dos atos normativos do DNPM que permitiram a instalação e garantiram o funcionamento da lavra.Bombeamento de água subterrânea - O MPF quer a paralisação de todas as atividades de mineração, sejam elas de lavra ou pesquisa, bem como a interdição do local.A Cia Mineira de Metais explora e beneficia os minérios de zinco e dolomita extraídos da Mina Morro da Usina, que fica a cinco quilômetros da cidade de Vazante. O beneficiamento do zinco utiliza grande quantidade de água, que, depois, é lançada no Rio Santa Catarina, que, por sua vez, deságua no Rio Paracatu, um dos afluentes do São Francisco. Essa água, com alto índice de turbidez devido à presença de chumbo, ferro, alumínio, manganês, cádmio, arsênio e zinco em quantidade bem acima do permitido, já atingiu o aqüífero subterrâneo e contaminou a água que abastece a cidade.Os problemas tiveram início quando, para realizar a lavra subterrânea do minério (são extraídas cerca de 200 toneladas por dia), foram abertas novas galerias subterrâneas a 350 metros da superfície, atingindo-se o lençol freático. Milhares de metros cúbicos de água foram derramados, inundando a mina. A mineradora deu início, então, ao bombeamento dessa água, que é depositada em tanques para decantação e posteriormente é lançada no rio.O problema é que esse bombeamento, superior a oito mil metros cúbicos de água por hora, está causando zonas de depressão e afundamento no solo. Ou seja, além do rebaixamento do lençol freático, que causou o desaparecimento de lagoas e a extinção de nascentes, comprometendo o abastecimento de água potável da cidade, o bombeamento da água tem causado fenômenos conhecidos por dolinas.Dolinas são depressões circulares do terreno semelhantes a crateras. Técnicos da Universidade Federal de Uberândia, em inspeção realizada a pedido do MPF, constataram que o fenômeno vem ocorrendo na parte interna da área de mineração e no seu entorno, num raio de um quilômetro, já tendo sido constatado o surgimento de mais de duas mil dolinas. Se o rebaixamento do nível aqüífero tiver influência na cidade de Vazante, as depressões podem vir a ocorrer na área urbana, com conseqüências temíveis, como a destruição de casas e edifícios, podendo, inclusive, vitimar as pessoas que neles residem.Mas a mineração ainda polui o ar, com o lançamento, pela chaminé da área de processamento do minério, de sólidos particulados.Conivência e omissão dos órgãos públicos - Para o MPF, o estado de Minas Gerais, a União e o DNPM, ao renovar periodicamente as licenças ambientais para a Cia. Mineira de Metais e ao expedir autorizações para operação, agem com flagrante omissão, porque, mesmo sabendo da violação a dispositivos constitucionais que condicionam a exploração de zinco, aprovam sua localização, forma de exploração e concepção."É totalmente incabível o Poder Público aprovar a localização e manter a concepção desse empreendimento, atestando, inclusive, sua viabilidade ambiental, quando se sabe que a atividade tem causado graves danos ao meio ambiente, afetando sobremaneira a saúde e a integridade física dos moradores de uma cidade inteira e inibindo todas as demais atividades econômicas, que também são de grande importância para a região", indigna-se o procurador da República Cléber Eustáquio Neves.Segundo ele, "a Cia Mineira de Metais tem violado uma série de leis e regulamentos sem que tenha havido qualquer ação eficaz dos órgãos ambientais competentes no plano administrativo".Tratamentos de saúde – Na ação, o MPF pede, além da recuperação da área degradada e da adoção de medidas urgentes para a completa descontaminação da água fornecida à população de Vazante, a construção e doação de imóveis àquelas pessoas cujas moradias não oferecem segurança por se encontrarem na área de influência de dolinas e subsidências (outro tipo de deslocamento do terreno).Pede ainda que as empresas e seus responsáveis contratem, urgentemente, serviços de saúde para a realização de exames clínicos e laboratoriais, de média e alta complexidade, em todos os habitantes que se habilitarem perante a Secretaria Municipal de Saúde de Vazante, para identificar e quantificar os casos de contaminação por alumínio, manganês, zinco, cádmio, chumbo e arsênio.Se o pedido do MPF for aceito, os réus deverão arcar com todas as despesas e custos de internação em UTIs, de tratamento fora do domicílio, daqueles pacientes em que se constatar a necessidade de tratamento médico em razão de males decorrentes da poluição causada pelas atividades da mineradora.Por outro lado, no caso de paralisação das atividades, a Justiça também poderá determinar que sejam adotadas medidas para garantir a estabilidade no emprego de todos os trabalhadores da Mina Morro da Usina por, no mínimo, dois anos.O MPF espera ainda que os réus sejam condenados - inclusive os entes e órgãos públicos que se omitiram diante dos fatos - ao pagamento de indenizações por danos morais e materiais, por eventuais casos de invalidez ou morte, bem como por dano moral coletivo.Ação civil pública nº 2008.38.03.009551-5Assessoria de Comunicação SocialProcuradoria da República em Minas Gerais(31) 2123.9008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Caiu na rede... é pescador!

A construção da Rede Solidária da Pesca
Por Karine Pinto e Felipe Addor

Está completando dois anos desde o primeiro contato entre os dois projetos
que foram as molas propulsoras para a construção da Rede Solidária da Pesca: a Pesquisa-Ação na Cadeia Produtiva da Pesca em Macaé (PAPESCA),
desenvolvido pelo SOLTEC/UFRJ, e o Projeto Peixes, Pessoas e Água (PPÁgua), hoje liderado pela UNIMONTES/MG. Naquele contato, o objetivo era trocar experiências e ver as possibilidades de ajuda mútua entre os projetos, tanto técnica quanto politicamente. Logo em seguida, no I Seminário da Rede, já pescamos o Projeto de Manejo de Recursos Naturais da Várzea Amazônica (PROVARZEA/IBAMA), que tinha uma experiência de mais de 10 anos no norte do país, pioneiro no trabalho com os Acordos de Pesca. A mistura deu tão certo que até hoje os três projetos não conseguiram se soltar do anzol.
Hoje, essa articulação nacional possibilitouo fortalecimento de um movimento
em prol da pesca artesanal em outros âmbitos. Na verdade, o que fomos percebendo
ao longo da construção da Rede é que estávamos frente a uma lacuna política no setor pesqueiro. Apesar de em todas as localidades encontrarmos colônias e associações de pescadores, ficou claro que para haver a construção de políticas públicas de âmbito local, regional e nacional para a melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida dos trabalhadores da cadeia produtiva da pesca e da aqüicultura fazia-se mister promover uma maior integração entre esses atores.
O espaço de discussão e decisão dessas políticas, tanto governamentais quanto não-governamentais, estava muito distante dos trabalhadores. Com isso, foram inúmeros os casos de políticas que não foram bem sucedidas no atendimento de suas necessidades.
Portanto, nossa (do SOLTEC/UFRJ) contribuição para a construção da Rede está lastreada no objetivo de se criar um espaço de discussão, articulação, troca de experiência e pressão política para que se consiga maior mobilização política e econômica para a melhoria
do setor pesqueiro no país. Não para os pescadores industriais, que foram, até hoje, os beneficiados pelas políticas governamentais. Mas para os pescadores artesanais, cujas famílias sobrevivem da atividade a gerações, e que tem enfrentado uma degradação econômica e social paulatina.
Temos conseguido atrair instituições fundamentais para a construção da Rede, como a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), a União das Entidades da Pesca Artesanal do Rio de Janeiro (UEPA), a própria Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP/Presidência da República), além de diversas prefeituras, sindicatos.
No entanto, nossa utopia é que os trabalhadores da pesca e da aqüicultura tomem a Rede para si, sejam a força-motriz dessa Rede, até transformá-la num movimento legítimo de representação
dos pescadores. A UFRJ, cumprindo seu papel de contribuir para a construção de políticas públicas para o país, continuará dando apoio; mas passando o bastão do protagonismo para as mãos dos trabalhadores. Atingindo esse objetivo, certamente será um grande passo para que se consiga caminhar na consolidação de uma política nacionalmente articulada de sustentação da pesca artesanal no nosso país. Entre os desafios que temos, está o de conscientizar as pessoas da importância econômica e cultural que esses trabalhadores têm para o cotidiano das cidades, das pessoas e para a cultura do nosso país. Nada que uma boa roda de história de pescador não resolva.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

5ª Romaria das Águas conscientiza sobre a vida do rio São Francisco

Dom Cappio recebe prêmio da Pax Christi Internacional

Dom Luiz Flávio Cappio recebeu na noite do dia 18 de outubro, em Sobradinho (BA), o Prêmio pela Paz da Pax Christi Internacional. O bispo de Barra (BA) é o terceiro brasileiro, e o primeiro em vida, a receber este prêmio, que foi entregue durante um ato inter-religioso pela vice-presidente da entidade e membro da Cáritas Peru, Laura Vargas. Esta também é a primeira vez em que a cerimônia acontece fora da cidade sede da Pax Christi, Bruxelas. O objetivo era possibilitar a participação do povo que acompanhou e apoiou Dom Cappio em sua luta. O prêmio foi estendido aos movimentos sociais e entidades a pedido do religioso. "Achei que era justo que esse prêmio fosse dado a todos aqueles que participaram dessa luta, sendo entregue aqui. Todos aqueles que lutam conosco recebem essa homenagem", afirmou. Após a entrega do prêmio, cerca de cinco mil romeiros, junto com Dom Cappio, participaram da Romaria das Águas, organizada pela paróquia de Sobradinho há vários anos, onde caminharam quatro quilômetros até a beira do rio São Francisco. (fonte: Articulação São Francisco Vivo)

Jejum e fé reúne romeiros, entidades e movimentos sociais em Sobradinho

A premiação de Dom Cappio foi precedida pela Jornada Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar, que aconteceu do dia 13 a 18 de outubro. Dezenas de entidades e movimentos sociais tanto do Brasil quanto do exterior, como a CPT, a Cáritas Brasileira, a Via Campesina, a Pax Christi Internacional e o Serviço de Paz e Justiça na América Latina (Serpaj) aderiram ao jejum. Durante o dia 18 de outubro, inúmeras pessoas que participavam da Jornada em Sobradinho passaram o dia em jejum, reflexão e oração na Capela de São Francisco. Neste mesmo local, no fim do ano passado, Dom Cappio passou 24 dias sem se alimentar em protesto ao projeto do governo federal de transpor as águas do rio São Francisco. (fonte: Articulação São Francisco Vivo)

5ª Romaria das Águas conscientiza sobre a vida do rio São Francisco

De 16 a 19 de outubro também acontecia em Sobradinho a 5ª Romaria das Águas, que reuniu milhares de pessoas e pregou sobre a importância do Velho Chico. "Devolver a vida ao rio São Francisco não é fácil. Acreditamos na vida, e por isso, empenhamos a nossa nessa luta", disse Roberto Malvezzi, da CPT, na abertura da sessão solene realizada na Câmara Municipal de Sobradinho e que deu abertura à Romaria. Ainda como parte da programação, no dia 17, aconteceu o Seminário Revitalizar o Rio para a Vida em Paz, que discutiu as temáticas "Terra e Território", "Água e Meio Ambiente", "Educação e Cultura", "Produção e Economia Solidária". (fonte: Articulação São Francisco Vivo)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ministério Público firma novos TACs com a Votorantim Metais - Três Marias relativos a poluição no São Francisco

A notícia abaixo foi divulgada no site www.ongita.org no dia 08 de outubro de 2008. Ainda, para aqueles que se interessam em entender melhor a mortandade de surubins no Alto-Médio São Francisco, o relatório da FEAM-MG "Relatório FEAM-Mortandade de Peixes", pode ser acessado pelo endereço: http://www.worldfish.org/PPA/PDFs/Semi-Annual%20VI/E-11a.pdf

Ministério Público firma três TACs com a Votorantim de Três Marias, na bacia do rio São Francisco.

O Ministério Público de Minas Gerais firmou três Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com a Votorantim Metais Zinco, unidade de Três Marias, cidade localizada na região central do Estado, na bacia do Rio São Francisco.
Alguns incidentes ocorridos no local, nos últimos três anos, levaram o Ministério Público a instaurar inquéritos civis: o transbordamento de água contaminada de barragens de contenção e a formação de nuvem de partículas sólidas causada pela incidência de vento em material armazenado em barragem, em 2005; o rompimento da tubulação que conduz os rejeitos da usina para a barragem de contenção, em 2006.
As investigações do Ministério Público, efetivadas nos inquéritos instaurados, apontaram para a necessidade de adoção de medidas de prevenção, aprimoramento e compensação ambiental na área de influência do estabelecimento fabril da empresa.
Entre as obrigações assumidas pela empresa estão: implantação de sistema de controle de contaminação por metais nos cursos d’água; de projeto de monitoramento da qualidade do corpo de água, sedimento e biota (fauna e flora da região); realização de caracterização geológica e geotécnica na área de influência da barragem; apresentação e execução de projeto de monitoramento de partículas inaláveis e de medição de concentração de cádmio, chumbo e arsênio; elaboração e execução de programa de manutenção e prevenção contra vazamentos do sistema de bombeamento de rejeitos industriais; implantação de projeto de recomposição da mata ciliar ao longo do rio São Francisco e de outros córregos da região; remoção de resíduos e recuperação das áreas afetadas pelas atividades da empresa; elaboração de programa de pesquisa para conhecimento da ictiofauna regional, para fomentar a pesca sustentável.
Além das medidas de prevenção e de reparação, também serão adotadas medidas compensatórias, que chegam a R$ 1,5 milhão. Desse valor, R$ 1 milhão será depositado em conta judicial remunerada, denominada “Projetos Ambientais I”, e R$ 500 mil, em benefício do Fundo Estadual de Direitos Difusos Lesados, instituído pela Lei Estadual 14.086/2001. A empresa terá ainda que dotar a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de sua propriedade de infra-estrutura necessária para potencializar a efetividade protetiva da unidade de conservação.
O não cumprimento, total ou parcial, das obrigações assumidas, nos prazos fixados, implicará o pagamento de multa diária no valor de mil reais.
Os TACs foram assinados pelos promotores de Justiça José Antônio Dias Leite, da Promotoria de Três Marias; Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador das Promotorias Ambientais das Bacias dos Rios Paracatu e Urucuia; Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador das Promotorias Ambientais das Sub-bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba; Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual - Núcleo de Imprensa Tel: (31) 3330-8016/8166/8413 29/07/08 (Meio Ambiente – TAC Votorantim Três Marias).

Fonte: http://www.ongita.org/noticias/080801_ministerio.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mais uma dissertação sobre a pesca no São Francisco disponível na net!

A dissertação de mestrado "São Francisco: Caminho Geral do Sertão: cenários de vida e trabalho de pescadores tradicionais em Pirapora-Buritizeiro - norte de Minas Gerais" pode ser baixada na net no endereço:

www.ig.ufu.br/posgrad/disserta/2007/sandra_regina.pdf

Pesca, pesca pescador.
Quanta pesca já pescou?
Pescador não pede, pesca.
Pesca o sonho, a alegria, a esperança,
o alimento.
(Adaptação do poema de Gilson Guarabyra,
pela dupla Sá e Guarabyra.)

abraços,
Equipe Nupasa

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Divulgação para Colônias e Associações de Pescadores

Edital SEAP nº 2/2008

Beneficiará projetos destinados ao apoio a pequenos empreendimentos
ligados à pesca artesanal

A SEAP/PR publicou no Diário Oficial da União (DOU), de 15/10,
Chamada Pública para apoio a pequenos empreendimentos de organizações
de pescadores artesanais. As categorias de empreendimentos são:
manipulação de mariscos, pontos fixos de comercializaçã
o, acampamentos de pescadores artesanais e cozinhas comunitárias. O projeto está inserido no Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pesca na ação Apoio ao Funcionamento de Unidades Integrantes da Cadeia Produtiva da Pesca da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República.

Poderão participar Colônias, Associações e Cooperativas de pescadores
artesanais, alem de instituições da administração pública, que apóiam
as organizações produtivas de pescadores artesanais, segundo as
condições definidas no edital.

O objetivo é estimular iniciativas de geração de trabalho e renda, por
meio do apoio em equipamentos, para melhoria das condições de trabalho
e manejo do pescado, da agregação de valor aos produtos pesqueiros e
do aproveitamento de subprodutos da pesca.

A meta é apoiar 70 empreendimentos em todo o país, no valor total de
R$2.400.000,
00. O Edital está disponibilizado na página da SEAP/PR:
www.presidencia.
gov.br/seap

As propostas poderão ser entregues até 15/11. Entre 27/10 e 05/12 será
feita a análise e seleção e em 19/12 será divulgado o resultado.



I Congresso de Desenvolvimento Social na UNIMONTES, Montes CLaros, Minas Gerais

I Congresso de Desenvolvimento Social
"Globalização do Regional e Regionalização do Global"
5 a 7 de novembro de 2008

Refletir sobre a dinâmica dos projetos socioeconômicos de alcance global e as insurgências dos povos dos lugares que tencionam os processos de implementação destes, bem como constroem alternativas constitui o foco de trabalho do I Congresso em Desenvolvimento Social, que tem como temática norteadora dos debates: Globalização do Regional e Regionalização do Global.

I Congresso em Desenvolvimento Social pretende ser um espaço de análise, reflexão e proposição sobre as sócio-dinâmicas globais e as insurgências locais, na perspectiva de contribuição para com uma abordagem interpretativa que incorpore a relação conflitiva dessas interfaces. Para tanto, o Congresso possui três eixos temáticos articuladores das mesas-redondas, grupos de trabalhos e comunicações coordenadas, a saber: a) Povos do lugar e sócio-dinâmicas globais; b) Insurgências universais e saberes locais; e c) Políticas Públicas: poder global e tensões locais.

Diversos trabalhos sobre as populações Sertanejas do Norte de Minas e Ribeirinhas do Rio São Francisco estarão sendo apresentadas durante este evento.

Para maiores informações e inscrições, acesse o site: http://www.congressods.com.br/

Abraços,
Equipe NUPASA

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Biblioteca eletrônica do WWF-Brasil

Car@s leitores!

Existe no link:
http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/index.cfm,a biblioteca eletrônica do WWF-Brasil, onde estão reunidas várias publicações que abordam o tema meio ambiente. Todas as públicações estão em formato pdf. Neste mesmo site, no link: http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/index.cfm?uNewsID=11320, está disponível uma cartilha que explica o que é e qual a importância das Unidades de Conservação. Esta é uma das dezenas de publicações que você pode fazer o download AGORA e de GRAÇA. Aproveite!!!


Boa leitura!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O RETORNO

Você já parou para pensar nas consequências que poderia sofrer ao jogar lixo no chão, no lote vago ou até mesmo no rio? Depois que assistir o vídeo ''O Retorno'' , pensara nas consequências das suas ações dez vezes antes de fazer. Este inteligentíssimo vídeo está disponível no link abaixo:
http://www.reviverde.org.br/wwf_filme.mpg
Aproveite!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Exposição dos produtos Projeto Peixe Defumado e Projeto Corvina

Na próxima quinta-feira, dia 25 de Setembro de 2008, a partir das 8 horas da manhã, estará ocorrendo a exposição dos produtos dos Projetos Peixe Defumado (Grupo de Desenvolvimento Comunitário do Beira Rio-Três Marias) e Corvina (grupo de Desenvolvimento Comunitário de Ibiaí) durante a Feira de Extensão do II Fórum de Pesquisa, Ensino e Extensão da UNIMONTES, no Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro - Vila Mauricéia, Montes Claros. Venha conhecer os produtos do processo de beneficiamento de peixes do São Francisco, como a desossa de peixe e a defumação! Você irá se deliciar!

Alfabetização de Pescadores e Pescadoras

“Projeto Peixes, Pessoas e Água: alfabetização de jovens e adultos entre os pescadores artesanais de Pirapora e Buritizeiro, Norte de Minas Gerais”

Professora Coordenadora UNIMONTES:
Dra. Ana Paula Glinfskoi Thé

Colaborador:
Msc. José de Andrade Matos Sobrinho
FAE-NETE/UFMG

Alunas Bolsistas FAPEMIG:
Débora Antunes
Vanessa Machado

Apresentação do Projeto

NUPASAO Projeto Peixes, Pessoas e Água: alfabetização de jovens e adultos entre pescadores artesanais de Pirapora e Buritizeiro, Norte de Minas Gerais, apresentado pela Universidade Estadual de Montes Claros, campus avançado de Pirapora, sob a coordenação da professora Dr. Ana Paula Glinfskoi Thé – Departamento de Geociências - tem como meta executar um programa de educação popular para alfabetizar trabalhadores e trabalhadoras da pesca dos municípios de Pirapora e Buritizeiro, no Norte de Minas Gerais.

Dados do Diagnóstico socioeconômico de famílias de pescadores artesanais de localidades do Alto Médio São Francisco, realizado pela prof.ª Maria Inês Mancuso do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar em 2004, referentes à 450 famílias de pescadores entrevistadas apontaram que dentre um universo de aproximadamente 2400 pessoas, 11% de jovens e adultos nunca freqüentaram a escola e 30% possuem o primeiro ciclo do ensino fundamental incompleto, revalidando as discussões realizadas na I Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca (Luziânia/GO, novembro de 2003) sobre o alto índice do analfabetismo presente nesse grupo social, mesmo sendo responsável por 50% da produção de pescado no Brasil, conforme dados atualizados do Censo de Estatística Pesqueira da SEAP e do IBAMA – Ministério do Meio Ambiente.

A proposta de alfabetização consiste em formar pequenas turmas de pescadores que freqüentariam cursos modulares de 4 meses, com uma carga horária de 6 horas/aulas semanais, em dois encontros semanais. Em se tratando de um projeto de 24 meses, nossa meta é replicar no mínimo 4 módulos em cada município.

Em termos metodológicos, os conteúdos programáticos serão elaborados com base na realidade cotidiana dos pescadores – o trabalho, o rio, a família, a cultura popular, etc – através do levantamento de temas geradores significativos que serão trabalhados nas aulas de alfabetização.

Palavras chave: Educação Popular, pescadores, alfabetização, alto médio São Francisco


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Transposição

Car@s Leitores!

Existe no link: www.educacional.com.br/noticiacomentada/051007not01.asp, um texto de fácil entendimento, que contém informações básicas sobre a transposição do rio São Francisco e explica porque este é um assunto tão polêmico.

Boa Leitura!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Livro interessantíssimo

Car@s Leitores!

Está disponível no link:
www.sfrancisco.bio.br/arquivos/GodinhoH001.pdf#page=15, em pdf, o interessantíssimo livro: Águas, peixes e pescadores do São Francisco de Minas Gerais. Ele apresenta um sucinto histórico da ocupação da bacia do São Francisco no âmbito social, político, econômico e natural, descrevendo minuciosamente a sua fauna, a flora e o aspecto geológico.

Boa Leitura!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A história das coisas!

Já parou para pensar da onde vêm os seus bens de consumo mais queridos, como celular, ipod, etc? E a partir desta pergunta que Annie Leonard trabalha através de um vídeo de 20 minutos da extração e produção até a venda, consumo e descarte, como todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
No link abaixo você pode assistir e baixar a versão traduzida para o português! Vale a pena!
http://www.sununga.com.br/HDC/

Abraços,
Equipe NUPASA

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Banco de Teses São Francisco

Car@s Leitores!

Existem algumas teses de mestrado e doutorado disponíveis pela internet e em pdf.
Abaixo indicamos algumas com seus respectivos links!

Boa Leitura!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Para início de Conversa!!

Car@s leitores!!

Este é o blog da equipe de pesquisa do Núcleo de Pesquisa-Ação Socioambiental do São Francisco da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES/MG.
Estamos sediados no Campus de Pirapora, cidade do noroeste de Minas Gerais situada há cerca de 335 km de Belo Horizonte e nas margens do Rio São Francisco.


O núcleo foi criado em julho de 2007 por professores e estudantes do curso de geografia e pedagogia com objetivo de executar atividades de pesquisa, ensino e extensão baseadas nos métodos da pesquisa-ação e com enfoque socioambiental. São áreas de interesse do núcleo: comunidades tradicionais, conhecimentos locais, manejo comunitário de recursos naturais, política e gestão ambiental, conflitos ambientais, justiça ambiental, desenvolvimento comunitário e educação popular.


O NUPASA é responsável pela execução dos projetos de pesquisa e extensão:

  • "Oportunidades e Desafios a Gestão Compartilhada da Pesca artesanal no Alto-Médio São Francisco, Minas Gerais" (2006- atual): parceria com as colônias e com a Federação de pescadores do Rio São Francisco em Minas Gerais, com o IBAMA-MG e com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais".
  • "Peixes, Pessoas e Água: alfabetização de pescadores e pescadoras dos Municípios de Buritizeiro e Pirapora, Minas Gerais" (2008-2010), com financiamento da FAPEMIG-MG.

O NUPASA ainda é parceiro e componente da Rede Solidária da Pesca, uma rede de pesquisa-ação em educação popular, gestão compartilhada e economonia solidária da pesca artesanal no Brasil (SOLTEC-UFRJ, Provarzea-IBAMA, PPAgua-Unimontes) e do projeto "Opará: Tradição, Identidades, Territorialidades e Mudanças Entre Populações Rurais e Ribeirinhas no Sertão Roseano", do Grupo de Estudos e Pesquisa em Cultura, Processos Sociais e Sertão da UNIMONTES.

Neste espaço estaremos divulgando notícias e atividades tanto acadêmicas como dos movimentos sociais que tem atuado na defesa e no desenvolvimento socioambiental da população e do ambiente Sãofranciscano. Também estarão sendo divulgadas ações e pesquisas sobre a atual condição do Rio São Francisco, e principalmente, seus impactos ambientais.

Este é um espaço comunitário e portanto, esperamos que você, leitor, contribua também com a construção deste blog!

Um grande abraço a tod@s e sejam bem vind@s!!!

Equipe do NUPASA